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agora, ela atravessa o campo, o andar oscilante, indiferente, para nos enganar. depois, chega à encosta; pensa que ninguém a vê; põe-se a correr com os punhos fechados à sua frente. as unhas enfiadas na bola do lenço amassado. corre para o bosque de faias, fora da luz. quando chega, abre os braços e entra na sombra como um nadador. mas está cega depois de tanta luz, e cambaleia até as raízes sob as árvores, onde a luz parece entrar e sair, entrar e sair. os ramos erguem-se e abaixam-se. há movimento e agitação. há sombra. a luz é indecisa. tudo está pleno de angústia.